29 de novembro de 2009

ela...


Hoje, após uma conversa meio que séria, meio que franca, meio que bastante importante, descobri que a razão dela ser, estar e permanecer assim é uma doença...
Certa culpa do Psiqué e misturada com alguns traumas.
Sim, não sou uma perita neste assunto e definitivamente não pretendo salvar o mundo
(um dia uma pessoa muito importante me falou isso, e me fez pensar... adorava a maneira que ele me fazia pensar...)
Mas não gosto do fato dela estar mal....
Hoje pude fazer algo que nunca pensei em fazer (não quero contar vantagem, apenas desabafar), desisti de algo que julgava bom, por uma simples noite de filme e lanche... e foi melhor do que o esperado.
Felizmente (ou infelizmente para algumas pessoas) este ano me fez mudar muito (pena que mudei muito na hora errada e deixei escapar uma oportunidade que ainda não consegui mensurar o valor{sentimentalmente falando] da perda), me fez compreender muita coisa que não imaginava e me fez enxergar a verdadeira mulher que habita em mim (sim ainda temo algumas coisas, mas já consigo olhar além), consegui organizar minha vida financeira e ainda espero o retorno do Falkor* (essa história só narrarei quando acabar).
O importante é: ela aceitou ajuda, está medicada, mas ainda requer muito cuidado, muita paciência e estímulos, terá que reaprender a conviver com ela mesma e com o mundo e eu terei que me habituar a não ser tão arredia e principalmente terei que trabalhar a paciência (não sei se vou conseguir, mas prometo tentar).
Enfim...
Hoje precisei desabafar um pouco, é complicado deixar meu mundo "imparcial" e me mostrar totalmente "humana" nas linhas e entrelinhas da minha casa Q...
Hoje, vesti minha roupa humana, chorei algumas lágrimas, fiz faxina na casa e parte da alma, sorri e ...


PS: ultimamente o que ele me dizia faz sentido, uma pena, uma grande pena, não conseguir contar a ele que parei pra pensar, parei pra fazer terapia, parei pra "me organizar" exatamente por que gostava do jeito que ele me fazia acreditar que eu era capaz... "Ele me encontrou, eu estava por aí, em um estado emocional tão ruim... e me fez tão bem!"

22 de novembro de 2009

enquanto...

Enquanto arrumo o quarto...
Enquanto escrevo...
Enquanto falo no msn...
Enquanto atendo o telefone...
Enquanto penso...
Enquanto isso na sala secreta, apenas choro...
...sou humana, tenho qualidades, mas infelizmente neste momento, neste agora, só consigo pensar nas coisas mais tristes da minha alma, do meu ser.
Meu rosto... deformado e vermelho... olhos borrocados e uma dor nos ombros que não passa... só choro.

11 de novembro de 2009

palavras




É...
Eu vi, ela chorou, um choro calado, contido, sofrido...
Um choro que já chorei.
Será que é errado?
É errado errar com consciência?
Sei que é errado também torturar.
É errado fazer coisas ilícitas, porém, mais errado ainda é te (me) desprezar.
Ela chorou um choro retido, calado, reprimido, difícil de se escultar.
Não! Não foi um choro de menina.
Não teve nenhum soluçar...
Chorou, chorou e choraria pelas palavras e pelo pesar.
Palavras sem peso ou medidas, palavras que não posso falar.
Muitas delas desistir de ouvir, falar ou meditar.
Palavras felinas, ácidas, azedas, maldosas e impensadas que matam, matam e matam.
E que me faz soluçar.
Hoje, agora, apenas escrevo, porque não quero pensar, falar ou gritar.
São apenas palavras que massacram, machucam.
Palavras malinas, malvadas...
Palavras pra desprezar.