15 de dezembro de 2010

preciso


Estranho escrever neste momento... mas preciso de alguma forma liberar minha mente pensante...
Há um choro guardado na minha garganta e tenho quase certeza que é esta a causa da irritação nas minhas cordas vocais.
Minha impaciência é efeito da minha falta de decisão ou sei lá da acuação que ando percebendo me rondar.
Tenho um grande vazio na alma e nada anda preenchendo...
Passo horas divertidas e elas passam, não permanecem...
Estou cansada de reclamar.
Temo o resultado da minha ação premeditada, arquitetada, não programada, elaborada, imaginada, mas enfim, uma ação apenas...
Voltei ao estágio onde frase desconexas me completam e pessoas me confundem...
Preciso de colo, do gosto do álcool e de uma carteira de cigarros...
Preciso de muito açúcar e um hambúrguer com fritas e muito cheddar com bacon.
Preciso de uma cachoeira, tequilas, fotos e muitos amigos...
Preciso urgentemente de um teto, um abrigo, algo meu... definitivo.
Preciso começar a me cuidar...
Falta ânimo pra trabalhar, estudar e principalmente para ser, estar, permanecer, ficar... e pela primeira vez, não encontro nenhum verbo que eu queira conjugar.

1 de dezembro de 2010

reflexão

Parei...

Fui analisar algumas poucas linhas da minha vida e descobri o porquê de tantas rasuras, frases desconexas e complicações.
Andei carregando algumas culpas ou problemas que não faziam parte da minha vida... E aspirei este ar poluído e corrosivo.
Me perdi no tempo e me abandonei na vida, vivia problemas alheios, crises alheias e quando eu precisava reagir ou agir, não conseguia.
Hoje, após colar o bilhete e ler (bilhete que há 5 meses está guardado, para ser lido em uma oportunidade... hoje não era o dia, mas me fez bem ler...) percebi o quanto deixei de viver.
Na verdade demorei um pouco mais pra viver, acabei pegando um atalho mais complicado e doloroso... Mas enfim sobrevivi.
Sim, demorei muito, mas consegui enxergar e reagi - hoje percebo que demorei muito pra acordar - mas felizmente estou acordada, feliz e muito consciente.
Obrigada a todos que de certa forma, foram fundamentais para esta conquista. Agradeço aos que fazem parte da minha vida e aos que fizeram.



“Todo Início e Fim marcam... Seja o começo ou o recomeço.”


#1. texto totalmente pessoal do caso reto.

16 de novembro de 2010

festen.


Preparar...
Foram 3 meses de dedicação, cuidado, reuniões e muitas ideias...
Decidimos um nome, decidimos as cores, o line, o tipo de "ingresso" (pulseiras), pontos de venda e valor...
Principalmente decidimos o objetivo maior da festa: CELEBRAÇÃO.
Quatro pessoas, quatro vidas diferentes e uma motivação: festen. (sim, com letra minúscula e pontofinal)
Três semanas de panfletagem... Muita correria, internet, orkut, face, twitter, banner itinerante, amigos torcendo, amigos ajudando, spans e muita raça.

Finalmente chegou dia 13NOV2010, e com ele toda a ansiedade, o medo do que poderia vir, mas ao mesmo tempo um "acreditar" fantástico.

Era hora de Apertar o play e... festen.! Confesso que houve um pequeno atraso, mas nada que tirasse o brilho do dj que estava tocando, como prometido Weirdo veio com seu house suingado, misturado com batidas quebradas e dançantes, a pista começou meio tímida, mas respondeu e interagiu com o dj, logo em seguida veio Hopper, um dos nomes mais comentados da cena de Brasília, com seu set rebolativo e conceitual, continuando a festen. dupla Brooks e Neural trouxe seu projeto Stökk, que prima pelo groove e um som imponente e finalizamos com o DJ mais carismático da cidade: Freeky com seu dubstep e seus subgraves que já conquistaram o público do cerrado.

A festen. foi linda, sets perfeitos e uma energia que a muito não via... um sentimento de VAI DAR CERTO que emanava de todos os amigos próximos que viveram com a gente (eu, Well, Brooks e Igor) esses três meses, a alegria que tomou conta quando a festen. bombava...
Não tenho como descrever essa emoção...
Valeu pelas crises de gastrite, por tudo que passamos...
Realmente o release da festen. não mentiu em momento algum...

A pista do Club904 nunca viu nada parecido! Um dos grupos mais festeiros da cidade se uniu para trazer uma nova opção desenhada por música de qualidade. Se você esta de plantão esperando algo bom pra fazer, saia de casa preparado para se divertir, dançar boa música e conhecer gente bonita. O elenco dessa celebração traz você, no topo. Mas logo na sequencia aparece Hopper, um dos nomes mais comentados da cena de Brasília, com seu set rebolativo e conceitual. A dupla Brooks e Neural traz seu projeto Stökk, que prima pelo groove e um som imponente. Weirdo com seu house suingado, misturado com batidas quebradas e dançantes e o DJ mais carismático da cidade completa a lista: Freeky traz seu dubstep e seus subgraves que já conquistaram o público do cerrado. E o Club904? Preços justos e seguranças amigáveis, além de um ambiente seguro e confortável. Como nosso convidado, recomendamos: anime-se, desperdice sorrisos e convide todas as pessoas que farão sua noite interessante. Acima da música, estar cercado de bons amigos vai valer a noite. Tenha certeza que a festen. é sua!

Obrigado é muito pouco, mas não consigo expressar tudo o que foi sentido...
Agradeço de coração a todos que fizeram da festen. uma celebração linda!

Aos MEUS, ainda estou sem palavras, mas posso definir o espirito festen. algo parecido com uma salinha no fundo do "palco" amigos, mais que amigos, um bolo e várias palmas!!!


#1. um xêro especial para: Nicolas, Daniel Meu bom, Ahmed, Neural, Freeky, Weirdo, Hopper, Keyler, Lilian, Prila, Aos Sócios (Diego, Well e Igor) ao apoiadores: Tempo, LAB e TRS e claro à Família M que compareceu inteirinha!

27 de setembro de 2010

o material


" (...)
O calor ainda era forte o bastante para aquecê-la, quando parou ao pé da pilha de cinzas. Quando estendeu a mão, levou uma mordida, mas na segunda tentativa, ela se certificou de ser bem rápida. Fisgou o livro mais próximo. Estava quente, mas também molhado, queimado apenas nas bordas, mas, afora isso, intacto.
Era azul.
A capa dava a sensação de ter sido feita de centenas de cordas firmemente esticadas e presas. Havia letras vermelhas impressas nessas fibras. A única palavra que Liesel teve tempo de ler foi ombros. Não sobrou muito tempo para o resto, e havia um problema. A fumaça.
(...)"


[A Menina que roubava livros - Markus Zusak - p.86]

15 de agosto de 2010

like a virgin



"...
I was beat incomplete
I'd been had, I was sad and blue
But you made me feel
Yeah, you made me feel
Shiny and new

Like a virgin
Touched for the very first time
Like a virgin
When your heart beats (after first time, "With your heartbeat")
Next to mine

...

You're so fine and you're mine
Make me strong, yeah you make me bold..."


#1.cantarolando...

EU.um resumo



Parei pra fazer uma análise fria sobre quem realmente sou,
E descobri que me conheço muito mais que acreditava conhecer,
E descobri que eu prefiro, algumas muitas vezes esquecer...
Enfim, sou uma mulher forte, que conheceu a parte feia, chata e muito, muito dolorida da vida muito cedo, e por conhecer esta parte, desacreditou um pouco em algumas coisas e tornou-se otimista por excelência ou persistência.
Acredita na alma e nos olhos das pessoas e por isso descarta as impressões ou informações externas.
Que admira muito todos os amigos enxerga os defeitos, mas sabe que eles não são parâmetros de desclassificação.
Têm medo de demonstrar carinho, apesar de estar aprendendo a arte da humanidade e sempre que possível, solta uma mensagem de carinho ou admiração.
Gosto do que gosto e não ligo para as críticas aleatórias, adoro mudar mesmo que isso desagrade alguns e principalmente escrevo frases tortas e totalmente pessoais e verdadeiras.
Odeio, com todas as forças, ser MAL TRATADA, falta de educação é uma coisa que me deixa muito furiosa.
Odeio esperar e principalmente esperar muitoooo.
Falo muito, palavrões, palavras, histórias... falo, falo e falo.
Adoro coisas simples, ganho o dia!
Sou muito mal humorada pela manhã e me irrito fácil.
Sou perfeccionista, amo arrumar a casa, sou apaixonada por música e não vivo sem um lápis de olho preto.
Tenho uma regra única e muito mal interpretada, mas foda-se.
Sou assim: um pouco de tudo e um tudo de nada, uma complexidade humana com sentimentos verdadeiros e muita vontade de viver.
Contradição? Meu sobrenome.

21 de julho de 2010

[suspiros]




E no meio de tanta confusão, em meio ao caos
Eis que descubro um sentimento escondido.
E penso que o tempo foi, um tempo perdido
E me some as forças para lutar.

E me surge a dor da dúvida, a incerteza do medo confiante de me entregar.
E surge a certeza da pessoa certa, apesar de aparentemente errada...
Mas aquela pessoa que não some do meu pensar, falar, suspirar...

E as lágrimas surgem nos cantos dos meus olhos
Perco a fome, não me importa mais os medos, nem receios...
Perco a fala e um sorriso tímido surge ao te encarar
Meu coração dispara, você não sai do meu pensar.

"E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida"


[suspiros]

10 de junho de 2010

.agora



É, quem sabe seja o cálice que não bebi...
Pode ser que foi o fel que não provei.
O fato é, não sei amar desta forma: exigindo que me ame, exigindo amor, mas não sabendo reconhecer todos os nãos que ela teve que dar pelo meu sim.
É incrível como um carro, um quarto e algumas moedas possam fazer e desfazer com uma família...
Cansei de palavras desnecessárias...
Quero paz, quero sorrir... cansei de terapia e lágrimas... cansei deste sentimento infeliz dentro de mim...
Quer saber, que se foda tudo!!!
Não gosto deste ser humano que tive que aprender a ser... e não quero ter que chorar de culpa por ter que me calar...
Mas neste momento o meu calar é o melhor que posso fazer.
Não posso entrar nesta confusão...
Mas não é justo...
Vamos aprender a ser mãe e filha, ser família, amiga, ser ombro e colo, voz e silêncio, sem agressão e palavrão!!!!
Por que de resto nada se sobra, nada fica, nada permanece...
Quer saber, vou ali vomitar... retirar de dentro de mim esta vontade louca de gritar, gritar e gritar... ou sangrar.
Só quero que o silêncio se concretize e que a paz volte a reinar...
No mais, só peço...
Não morra, não mate... não...

1 de junho de 2010

enfim!

Se não fosse o trabalho...
Se não fosse o ensaio...
Se, somente se não fosse...
Eu iria...
Juro!

21 de maio de 2010

falkor.


Hoje me bateu uma saudade de pegar a estrada do mundo imaginario com ele, atravessar todas as barreiras eletrônicas e conquistar o maior índice de velocidade. Queria abrir as janelas e deixar o vento circular, colocar uma música bem alta e cantar.Coisas simples, como trocar o pneu ou levar na revisão...
Sei lá!
Hoje senti falta...
Saudade!
Coisa de gente, assim, sentimental!

11 de maio de 2010

música




"Já que não me entendes, não me julgues,
não me tentes..."

7 de abril de 2010

365


Trezentos e sessenta e cinco dias...
Poderia falar, um ano, poderia comemorar...
Mas antes de proclamar o gostinho da vitória tenho que explicitar algumas lições aprendidas.
Aprendi de uma forma meio radical como saborear alguns pequenos milagres que tinha esquecido ou que nem reparava existir.
Desejei mudar minha vida, trocar de canal, mudar o personagem principal, mas, infelizmente (ou felizmente) minha vida não é uma peça ou novela.
E voltei a pensar em mim...
Lutei contra meus maiores medos e descobri a coragem secreta que habita em mim.
Posso dizer que em aproximadamente cinquenta e duas semanas vivi muito e foi tão intensamente que foram conquistas diárias, semanais ou mensais.
Doze meses de muitos, muitos, muitos sentimentos (alegrias, frustações, raiva, tristeza, aceitação, oração, desespero, esperança, ceretza, dúvida).
Dois semestres para reagir, agir, mudar, lutar.
Mas tenho certeza absoluta que foram 8.760 horas de energias positivas de muitos amigos que me sustentaram e alegraram meu caminhar (mesmo quem desconhece o porque desta data).


Tenho que agradecer, pois em um ano aprendi muitas coisas que nenhuma escola poderia me ensinar.



#1. o novo sempre vem...
#2. Um ano!
#3. E vinte e nove anjos me saudaram...
#4. E quando estou mais fraco, é que me sinto mais forte!!!



O filme ainda não terminou, mas hoje, foi o primeiro aniversário ( e espero que seja o último), tenho que voltar a acreditar na justiça.

28 de março de 2010

farta

Queria retirar alguns conceitos do dicionário e inserir na minha prática diária a fim de que vire rotina ou mesmo um vício banal.
Queria transformar esta enorme dose de mau humor em flores e colorir o mundo.
Despoluir a mente e acrescentar falsos pudores às atividades diárias.
Quem sabe falar mais sobre sexo e menos nos problemas.
Ousar cantar alguma canção estrangeira desafinando e sem tentar recriar o sotaque perfeito.
Não gosto de quem me tornei, não gosto do que causei e principalmente desta infernal dor de estômago acompanhada por enjoos matinais.
Quero mais overdose de chá-verde ou então uma ressaca eterna de vodka com morangos e duas gotas de adoçante.
Cansei de chocolate com champanhe, de sorrisos amarelos e de rosas para se desculpar.
Não quero ir pra sala, não quero falar mais nada, não quero acompanhar.
Sim estou radicalmente farta de tanta coisa que desisti de pensar.

Quero, apenas... descansar, enfiar a cabeça em uma piscina gelada e só retirar quando enrrugar.

9 de março de 2010

.palavras ao vento

Ando por aí querendo te encontrar
Em cada esquina paro em cada olhar
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar...

Palavras apenas
Palavras pequenas
Palavras, momento

Palavras, palavras
Palavras, palavras
Palavras ao vento...

8 de março de 2010

observação

Eu acho, observando meu vasto conhecimento em coisa alguma, que Conceito é algo que gira entorno de uma realidade aparente ou absoluta ou absurda!
Como assim?
Aparentemente vivemos a síndrome do Comum de Muitos, como podemos definir este evento?
Simples!
Muitas pessoas acreditam fielmente que Bruxa do Mal é velha e gorda e lançam uma verdade absoluta baseada em um Senso Comum de Muitos que possuem a mesma certeza. Aí eu perco a minha própria identidade, apesar de saber que nem todas as Bruxas Gordas e Feias são más, pois estamos no "mundo" do conceito dos muito e não faz bem pensar sozinho.
E assim...
Taxamos pessoas que nem conhecemos, ou conhecemos - só porque a maioria dos votos foi contra a minha opinião (e olha que eu conheço essa pessoa desde quando ela era pequenininha, mas mesmo assim, não importa a minha certeza e sim o "eu acho da galera") - e desisto de acreditar na real situação.
E nos portamos de forma cruel e apática, deixamos critérios como: sexo, bebidas, músicas e fumaças de cigarro tomar conta do meu conceito pessoal de vida.
Esqueço tudo o que eu pretendia ser e me pego sendo algo que muitas vezes condenei.
E simplesmente esqueço que a pessoa que mais não entendo é a que menos tenta ser compreendida. Que ela quer apenas viver a vida, sem precisar decidir qual a tribo, conceito, moda, argumento vai seguir.
Apenas segue... Pra frente, pro lado, recua, pula, abaixa, grita, anda, corre... Cai... Mas não desiste da chegada ou apenas de apreciar a bela paisagem que é apresentada durante o percurso temporário de vida.
Definitivamente, conceitos, são apenas idealizações ou convicções minhas (ou suas) definidas pelo padrão intelectual, pela continua sede por livros (ou filmes, ou peças teatrais, ou...), pela definição do dicionário, pela minha ignorância ou pelo que acredito ser.
Conceitos variam de pai pra filho, de irmão pra irmã...
Algumas vezes resultam em preconceitos, outras em pré-conceitos, outras em conceitos banais.
Mas a única coisa que me importa (motivo real das linhas tortas) é informar que isso não me assusta não, sua forma de pensar não me destrata, maltrata ou desagrada. É direito seu pensar assim.
Só não peça para que eu haja de acordo com suas verdades absolutas, pois não posso.
Sou apenas isso, sou o mistério, o perigo... sou uma indecisão.
Sou um principio forte, meu ser, meu norte, sou minha imaginação...
Sou muito mais que um conceito e peço respeito, pois sou pra você uma NEGAÇÃO

1 de março de 2010

Eu, por mim mesma

17 verdades

1. Adoro ouvir música no escuro;
2. Sou completamente louca por arrumação (odeio bagunça e sujeira);
3. Sou muito estressada, tenho fortes dores nas costas por causa da tensão (não sei relaxar nem quando recebo massagem);
4. Tenho pânico quando o avião pousa (é tensa a parada);
5. Amo bebidas com teor alcoolico, especialmente drinks diferentes;
6. Sigo sempre as recomendações médicas (algumas vezes com um super bicão)
7. Já fiz Jazz!
8. Já fiz uma plástica, mas nunca quebrei nenhum osso;
9. Já fui gorda, baixinha, dentuça e sem cintura;
10. Não gosto de sonhar com as pessoas que conheço, especialmente amigos próximos;
11. Sim, sou muito mal humorada, os dias que acordo bem humorada são estranhos...
12. Adoro musicais e filmes de horror/pânico/terror beemm sangrento;
13. Tenho medo de amar ou de me tornar referência para alguém;
14. Adoro dançar especialmente músicas que permitem rebolar ou remexer o corpo sensualmente;
15. Amo aroma cítrico;
16. Sou viciada em chocolate (apenas odeio chocolate amargo);
17. sou apaixonada pelos meus pés.

2 de fevereiro de 2010

pensamento





"Tudo crê, tudo espera, tudo suporta..."





#1. ICor13
#2. Tá na hora de acreditar!

let me love


"Qualquer sentimento que me faz lembrar,
qualquer sentimento bastará.
Pra simplicidade que me faz feliz...

(...)

Todo sentimento que é pra se guardar.
Todo sentimento bom permanecerá.
Que marque esse instante, esse momento
um triz...

(...)

Completa
essa metade, esse vazio em cartaz
Carrega
só essa chance basta pra fazer valer e ser capaz
De ir embora
pra onde uma rede vale o aconchego desse amor.
Não demora.
Seu colo é a luz do sol
o amparo incendiador..."





#1. Trechos da Música: Let me Love (Duda Bueno e Victor Mansur)
#2. Viva Intensamente 2010.

20 de janeiro de 2010

cartas


A primeira carta de amor que eu fiz; não enviei.
Achei que era imatura demais, que os sentimentos estavam confusos e não conseguir enviar.
Demorei dois dias quinze horas e vinte e sete minutos para finalizá-la; usei várias canetas coloridas, adesivos, frases e no fim coloquei seu coração junto ao meu, mas não enviei.

Lamento!

A segunda carta de amor que escrevi, usei um vocabulário mais elaborado, adicionei citações de poetas renomados e arrisquei me traduzir em uma canção, te direcionei mil juras de amor; gastei poucas horas, horas intensas, com muitas emoções, ficou tão perfeita a carta, que guardei.

Que Pena!

A terceira carta de amor que escrevi, bati o recorde de páginas e palavras, demorei mais de dois dias apenas para concluir meu pensamento, minha decisão, descrevia o amor que sentia e não temia essa decisão. Sim, o amor que sentia era a minha maior e melhor inspiração.
Desta vez não precisei das cores das canetas, dos versos ou composições, sentia que o amor que emanava me libertava, me possuía e se traduzia em “refrões”, te amava de forma tão plena e absoluta que minha maior loucura foi transpor a barreira do meu coração.
Não importava tudo o que sabia, os conflitos, desconfianças e traumas, não havia mais solidão.
E, sem poupar palavras, sem roubar nenhuma situação, apenas escrevi o que sentia te traduzi em canção...
Relembrei cada momento, cada beijo roubado, cada beijo sem razão e me deixei levar pela emoção...
Não sentia mais culpa em te amar sem limitação...
Não precisei mensurar tempo, datas ou situações, tudo era tão novo e recente, pleno e transparente, tudo, tudo, alimentava meu coração...
Sim a terceira carta que escrevi, foi a minha melhor revelação.
Mas... Esta carta conquistou meu coração e por temer todas as verdades escritas não enviei não e não.

Revolta!

Hoje escrevo esta carta, já selei o envelope, já destinei meu coração.
Hoje apenas escrevo frases tortas sem começo, sem meio, sem direção.
Não quero fazer revisão, descobri em meio ao tempo que verdades não ditas...
São versos soltos em vão...
São versos que se perdem sem direção.
Apenas escrevo para que saiba: É teu meu coração!

18 de janeiro de 2010

Leitura - Marsha Mellow e Eu


"E, quando ele chegar, acho bom tomar cuidado com seu comportamento, intromete-se a Voz interior, com um tom enfurecedoramente atrevido e sóbrio. Ao primeiro sinal de mutreta, eu dou o fora daqui.
-Ah, não... enche o saco - minha boca faz mímica da frase, mal-humorada. Estou com cara de quem está pra mutretas? E por que a Voz Inerior está parecendo minha mãe?
Não estou parecendo sua mãe, não senhora. E estou falando sério, entendeu? Já fiz minhas malas, estão prontinhas. Vou embora procurar alguém que me leve a sério.
Meu Bloody Mary chega num copo fino com tudo a que tem direito, até o talo de aipo afiado..."

(Marsha Mellow e Eu - Maria Beaumont)