27 de setembro de 2010

o material


" (...)
O calor ainda era forte o bastante para aquecê-la, quando parou ao pé da pilha de cinzas. Quando estendeu a mão, levou uma mordida, mas na segunda tentativa, ela se certificou de ser bem rápida. Fisgou o livro mais próximo. Estava quente, mas também molhado, queimado apenas nas bordas, mas, afora isso, intacto.
Era azul.
A capa dava a sensação de ter sido feita de centenas de cordas firmemente esticadas e presas. Havia letras vermelhas impressas nessas fibras. A única palavra que Liesel teve tempo de ler foi ombros. Não sobrou muito tempo para o resto, e havia um problema. A fumaça.
(...)"


[A Menina que roubava livros - Markus Zusak - p.86]