14 de maio de 2008

Declarações de um falso ateu...

Ele...
Ele disse que deixou um dia de acreditar...
Não se lembra realmente do que foi deixado para trás, mas, sabe que simplesmente não era algo tão fiel a sua devoção...
Devoção?
Não! Não tinha, não crê em nada, apenas contesta o que foi dito por todos...
Diz não ser amigo.
Que amizade não existe, uma vez que para sê-lo é necessário mais que palavras, atitudes, pensamentos e dedicação, complementa dizendo que a amizade se completa com a cumplicidade e esta nunca fará parte da vida do homem, pois todos, são por natureza maus ou coisa do tipo...
Diz ainda que o amor não existe, pois para tê-lo é necessário mais que acreditar em si, deve desposar nossas vidas nas mãos de um estranho ou desconhecido, mas como o ser humano em sua essência é egoísta, nunca se permitirá amar.
O mais absurdo foi ele ousar comentar sobre a fé...
Disse não acreditar em nenhuma força que pudesse melhorá-lo, pois sua carne já estava podre, não tinha em uma célula do seu corpo algo bom...
Mas mesmo assim, não conseguia entender como alguém tão sereno, fosse ateu?
Como ele poderia não acreditar em algumas coisas e de uma forma contraditória pregar as teorias não praticadas por ele?
E buscou subterfúgios para a definição do ato de se deixar de acreditar, afinal era ele o descrente de tudo.
Percebei que sua falta de fidelidade nas coisas, começou a corromper suas atitudes... e acabou confundindo sua mente...
Será ele o descrente ou uma pessoa frustrada por não conseguir crer?
Será que o destino de todo ser não amado ou amedrontado é deixar de Crer, Ser, Ter?
Infeliz, que ao se abdicar da crença, coloca a descrença tão perto de sua vida, que acaba "sem querer" atraindo a vontade de se crer, nem que seja no vazio imenso de não se acreditar em nada...
E converte-se em um devoto do nada, um fiel ao vazio...
Escravo de um "achismo" besta de não sei o que...

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