18 de agosto de 2007

telecine

É engraçado...
Após um filme, nada usual ou verídico, me vejo por trás das cenas...
Não sendo a personagem principal, ou a gostosa da cena, mas a narradora...
Algo me chamou a atenção...
Sim não sou perfeita...
Temo erro, queda e vivo algo que nem sei por que creio que sinta...
Percebi o quanto meu medo me faz mal...
Ele seria como um parasita, um vício, uma praga, um monstrinho de estimação...
Não consigo me libertar...
Temo escrever, pois posso me expor ou podem me interpretar mal...
Pode ser que minha história seja interessante e sendo assim odiaria ser o foco do assunto, pode ser que ao detalhar meu personagem principal queiram conhecer apenas o meu corpo e esqueçam que eu penso, podem lançar uma biografia não autorizada apenas para satisfação pessoal, profissional ou baseada em fatos nem sempre reais ou legais...
Não consigo ler, pois poderia absorver verdades que não são minhas, criar convicções que antes não tinha ou imaginar questões nunca fantasiadas em minha mente sombria...
Mas ao olhar o personagem do filme, percebi algumas coincidências, percebi que meus medos ou imperfeições podem ser tão piegas quanto um filme “água-com-açúcar” da sessão das 23hs do Telecine...
Descobri porque meu sentimento ainda é inconstante e que aceitar a verdade dói...
Na verdade passou um filme de 30 segundos sobre: meu EU, narrado, estreado, dirigido, produzido por mim e claro, era eu a roteirista...
E assim vieram sensações que nunca senti e uma vontade de mudar...
Certa vez, deitada ao colo, não consegui expressar quem sou...
Mas, quando deitei a cabeça no meu travesseiro, agora sozinha, percebi que sabia quem eu era só não conseguia viver fingindo não ser eu...
Sou uma confusão de idéias, ou seria harmonia?
Porque fingir forte se sou fraca ou fraca se sou forte...
Cresci de uma forma onde minhas confusões se fundem em ordens e o nexo se torna tão desconexo que a frase mais certa seria: não sei...

Um comentário:

Kukla disse...

Você tem uma vida inteira para tentar descobrir quem você é. Nõa se preocupe se por acaso não descobrir-se.
Continue quem você é que Deus se encarrega de acertar os ponteiros.